24 de outubro de 2011

Náutico representará contra o Vitória e vai prestar queixa contra Neto Baiano

A partida entre Vitória e Náutico, ocorrida no último sábado (22), no Barradão, ainda não acabou e pode virar caso de polícia. Revoltado com a forte pancada no nariz sofrida pelo zagueiro Ronaldo Alves em um choque com Neto Baiano, o presidente do Timbu Berillo Albuquerque Júnior prometeu tomar providências contra o atacante rubro-negro e o Vitória pela administração do Barradão. O lance ocorreu nos minutos finais da partida, vencida pelo time baiano por 3 a 2.

"Vamos registrar um B.O. O jogador foi agredido. Atitude de marginal. Vamos até a última instância", afirmou o dirigente ao Portal Futebol Interior. As ameaças não pararam por aí. Além do lance em si, Berillo reclama que ele próprio teve de remover o zagueiro para um hospital próximo junto com o seu gerente de futebol, sem colaboração dos profissionais do Vitória.

"Vamos representar na Confederação Brasileira de Futebol contra o Vitória e seu estádio. O tratamento que recebemos aqui não existe. Foi um absurdo o que aconteceu aqui. Nosso jogador fora do campo sangrando e ninguém para atendê-lo", bradou. De acordo com avaliação dos médicos do Náutico, Ronaldo Alves teve os ossos do nariz quebrados em quatro partes. Mas, assim que o inchaço na região diminuir, ele passará por exames.

Neto Baiano se defende e diz que processará presidente do Náutico

Na coletiva desta segunda-feira (24), na Toca do Leão, Neto Baiano apresentou sua versão do episódio. "O árbitro falou comigo pela força que entrava nas jogadas e acabou me expulsando. Foi injusto porque não usei o braço, não subi para machucar o jogador. Fiquei preocupado porque ele cabeceou a minha nuca bastante forte. Peço desculpa ao jogador do Náutico e foi uma questão de jogo", explicou.

O atacante do Vitória não gostou das declarações de Berillo chamando-o de "marginal" e prometeu não deixar barato. "Cheguei em casa e, ouvindo as rádios, fiquei um pouco triste por ter sido chamado de marginal. Mas Deus sabe o que faz e não vou deixar isso barato. Ele vai ter que provar que sou marginal.
Nunca matei ninguém, estava dentro de campo fazendo meu trabalho e, se fosse uma cotovelada, nem assim seria marginal", disse.

A diretoria do Vitória ainda não se pronunciou sobre as queixas do presidente do Náutico quanto à locomoção do zagueiro até um hospital.

Vitória x Náutico: duelo marcado por polêmicas
Em seu site oficial, o Náutico lamenta o ocorrido, diz que faltou respeito e profissionalismo ao Vitória no episódio e afirmou que, nos Aflitos, seu estádio, "todas as equipes são bem recebidas". Porém, o Vitória não guarda boas lembranças quando joga nos domínios do Timbu. Em 2008, em duelo válido pela Série A do Campeonato Brasileiro, o então técnico rubro-negro Vágner Mancini reclamou que sete policiais invadiram o vestiário do Vitória para dar voz de prisão ao goleiro Viáfara, que estaria bastante exaltado.

Em seguida, dirigentes do Leão baiano acusaram os mesmo policiais de terem jogado gás de pimenta no local. O presidente Alexi Portela pediu a interdição dos Aflitos, o que não ocorreu. Em 2009, o radialista Nilson Luiz, da Itapoan FM, foi atingido por uma garrafa vinda da arquibancada no momento em que entrevistava o técnico Carpegianni, do Vitória. "Foi uma palhaçada. Não tive atendimento médico de ninguém do Náutico ou do estádio. O médico do Vitória me prestou socorro", disse o radialista à época. Pelo caso, o Náutico perdeu um mando de campo e teve de pagar multa de R$ 10 mil.

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