15 de fevereiro de 2011

O recomeço de um sonho

Recomeça nesta quarta-feira mais um sonho da torcida rubro-negra: A conquista de um título nacional. E ela se torna mais palpável na Copa do Brasil, pois é uma competição “democrática” e que costuma pregar peças e dar chances a times médios  (como o nosso) e pequenos (como o Paulista) aproveitarem algumas más formações de elencos dos times do sul/sudeste, bem como dar liçãozinha de moral a quem nos esnoba.
Nesta quarta-feira, o Vitória vai encarar o Botafogo-PB em sua primeira fase da Copa do Brasil. Como todos sabem, se o Leão vencer por dois ou mais gols de diferença não haverá a partida de volta no Barradão. Ao contrário do ano passado em que fomos derrotados por 3×1 pelo Corinthians-AL na estreia, acredito que o atual elenco tem a capacidade de dispensar a 2ª partida.
Atualmente temos um TÉCNICO no banco e não um estagiário de treinador. Também temos mais jogadores e não “peladeiros”. Mesmo sendo finalista na edição anterior, aquele time não me deixou saudade, orgulho, etc. Pra mim o time de 1993 e 1999 marcou mais, pois mostrou técnica, qualidade, chegou aonde chegou com mérito e não impulsionado por uma maré de sorte (Jéssica não gosta quando falo isso, mas eu não mudo a minha opinião pra agradar ninguém, assim como existe maré de azar existe maré de sorte, como também ganhar na loteria não é competência, é sorte).
Elenco de 2010 viveu maré de sorte na Copa do Brasil passada
Não tem como eu sentir saudade de um elenco que só foi miserê nos times pequenos e médios que enfrentamos, pois quando pegamos o Vasco, mesmo dando 1×0 no 1º tempo lá no RJ e com um jogador a mais, sofremos a virada no segundo, tomamos 3×1, um baile e uma pressão da zorra, quase pagamos um king kong. E depois fez aquela papelada na primeira partida da final contra o Santos, porquê se no futebol reinasse a justiça, aquele jogo seria 7×0 para eles e a segunda partida seria mera formalidade.
Muito diferente dos times marcantes de 1993 e 1999 que encararam de cabeça erguida os times grandes do eixo, venceram jogos com qualidade técnica e não por desmotivação do time alheio por já ter feito a sua vantagem na primeira partida. Chegar por chegar a final não me diz nada, chegar com qualidade inconteste, com personalidade, é outra coisa. E falo sem traumas, o Vitória vice-campeão de 2010 chegou a final por acaso, por um conjunto de sortes e quando pegou os times mais fortes tremeu, fracassou!
Doa a quem doer, diga-se de passagem. É a minha opinião.
Mas precisou o time cair pra diretoria mudar a sua  política de contratações e hoje o time é mais forte (o rebaixamento pra Série B no mesmo ano da final da Copa do Brasil só comprova a falta de qualidade daquele elenco e de conhecimento de bola da nossa diretoria, que agiu que nem J. Mocota – só se importou com os “finalmente”, se esquecendo de observar o mais importante – “o contexto”, o “como e  a que preço o time chegou a condição de finalista do torneio”).
Falando do time 2011 - Para o primeiro duelo da Copa do Brasil 2011, o time terá o retorno de Alison à zaga (saindo Reniê) e o restante da equipe será a mesma das últimas partidas: Viafara, Romário, Alison, Fortunato e Léo (Ernani); Bida, Uelliton, Timbó e Elkeson, Rildo e Neto Baiano. A partida será às 20h em nosso horário e só poderemos acompanhar pelo radinho. Peço a todos os torcedores leoninos a não assistirem o jogo do rival pra tirar a audiência TV Bahia, pois eles usam este artifício pra passar mais jogos deles do que os nossos.
Outra coisa que quero falar é que pensar no título da Copa do Brasil não impede da gente buscar o título da B e nem vai tirar a gente de brigar pelo retorno ao elite, digo isso porque já vi torcedores em comunidades de orkut afirmarem que o foco deste ano é subir, dando a entender que a gente não deve sonhar e exigir o título da Copa do Brasil.
Não concordo com isso, pois não precisamos abdicar de objetivos pontuais do momento. A Copa do Brasil é no primeiro semestre, a Série B no segundo, portanto buscar o melhor agora não influenciará em nada para a missão do 2º semestre, até porque eu acho que a diretoria já aprendeu que competições mata-mata é bem diferente de campeonato de pontos corridos com 38 jogos.
Entre os times do Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o Vitória é o que mais tem cacife pra brigar pelo título, para surpreender o país. Se com um time meia-boca e sem técnico já chegamos a final, podemos muito bem repetir a dose com um time mais forte e um técnico gabaritado no comando da equipe, não é mesmo?
Vamos acreditar!

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