Mesmo sem jogar há mais de um mês, Geraldo é chave na união do grupo

Comer banco. Está aí uma gíria bem comum no futebol, mas difícil de ser engolida por jogadores conhecidos. Junto com a reserva, vêm a cara feia, a birra com o treinador, problema de relacionamento com alguns do grupo, enfim... Mas com Geraldo é diferente. Mesmo sem jogar desde a derrota para o Barueri, por 2x1, dia 4 de outubro, o meia de cabelos trançados treina sempre como se fosse jogar uma final. Agregador, Gera, como é chamado na Toca, dá exemplo.

"Tenho 37 anos, 20 de profissional. Você chega no fim da carreira no banco, ninguém quer isso. Mas é do futebol. Passo para os mais jovens que o futebol não é só flores. Tem que ser a mesma pessoa quando tá jogando e quando não está", comenta ele, que, na vitória de 3x1 sobre o Criciúma, voltou a ser relacionado para o banco de reservas após oito rodadas. E teve o bom comportamento lembrado por Geovanni.

Contratado junto ao Ceará para ser uma peça chave na disputa pelo acesso à Série A, Geraldo disputou 11 jogos, tendo atuado apenas três como titular e em outras oito oportunidades entrando no decorrer das partidas. "Eu vim pra um projeto. Eu, Lúcio (Flávio), Zé Luís... Jogadores tarimbados, que mesmo não jogando, como também Alison, Léo (Fortunato), estamos fazendo uma corrente positiva pro Vitória subir", bota fé o carioca que já subiu com Ceará e Sport.

Tabela - A experiência ensinou Geraldo a trabalhar porque a chance não tem hora certa pra reaparecer. "Faltam dois jogos e eu sempre falo pra Benazzi: quando precisar, estou aí, professor. Daqui a pouco eu entro, acontece de fazer o gol do acesso. Futebol tem dessas coisas", imagina. Restando duas rodadas, o Leão está a apenas um ponto do G-4. "A gente vencendo nossos jogos, vamos pra Série A. Tava olhando a tabela e se o Boa vencer o Náutico (em casa), a Ponte terá vida difícil na última", confia o meia. Com 63 pontos, o Náutico ainda precisa de um pra se garantir na Série A. E na última rodada recebe a Ponte Preta.