25 de julho de 2011

Sobre o Vitória

Esporte Clube Vitória
Site Oficial: http://www.ecvitoria.com.br
Blog contato: http://linhatorcedor.wordpress.com/
Estádio: Manoel Barradas (Barradão) - Capacidade: 35.000 pessoas
Endereço: Rua Artêmio Castro Valente, Nossa Senhora da Vitória. Salvador-BA, CEP: 41750-240 [veja como chegar]
CNPJ: 15.217.003/0001-59
Telefone: (71) 3333-9120 / 3393-3920
Fundado em: 13/05/1899

DEP. DE MARKETING
Blog: http://marketingecv.wordpress.com (inativado)
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E-mail: marketing@ecvitoria.com.br
Telefone: (71) 3014-1899 / 3213-3665 / 3333-9139
André Curvello - Diretor

Eu sou um nome na história
O título acima é um trecho do hino do clube. Disso, muitos sabem. Mas, o que esta frase quer dizer? Pergunta densa, uma vez que ser um nome na história, no caso do Vitória, não é mera expressão poética ou algo que os registros devem preservar.

Inicialmente, podemos entender como um simbolismo. Para a Bahia e para o esporte o Vitória é, inquestionavelmente, um nome importantíssimo na história. Mais que uma tradição no meio social e esportivo, este grupo representa valores e é capaz de definir a própria cidade da Bahia.

Fundado em 13 de maio de 1899, foi o primeiro clube social do Estado fundado por brasileiros. Antes dele, apenas os ingleses haviam feito isso, mesmo assim num projeto que durou pouco tempo.

Por seu lado, o Vitória, uma abstração até então, vive até hoje. Recebeu o nome por conta do Corredor da Vitória, trecho de Salvador em que residiam seus fundadores, todos de nobres famílias baianas.

Desde então, o clube passou a trazer para a cidade a prática dos esportes que já existiam pelo mundo: inicialmente críquete (1899), depois remo (1902), futebol (1903), atletismo (1905), tênis (1906) e tiro esportivo (1908). Numa outra fase, em 1920, inaugurou a natação, o pólo aquático, o basquete, o vôlei e o tênis de mesa. Em 1928 fundou o handebol.

Mas, a importância do clube não está somente em trazer o esporte para os baianos. O Vitória também ajudou a organizar todas estas federações em nível estadual e colocou seu nome nas atas de fundações de muitas, quase todas, associações esportivas da Bahia.

Em 1922 já sonhava em construir seu campo particular, o que aconteceu em 12 de agosto de 1923. Em 1937, mais precisamente no dia 21 de fevereiro, é reconhecido como Utilidade Pública pelo Decreto Estadual nº 8.817.

Sempre à frente, só não assumiu tal posição quando o futebol se profissionalizou. Aceitou esta regra muito tempo depois, o que lhe valeu a perda de muitos títulos em campo, mas, fora dele, continuava e continua sendo o maior.

Toda esta relação é fruto da abnegação de seus sócios pelo esporte, algo que passou a ganhar o caráter de algo social e que terminou por estimular, em sua trajetória, o surgimento de outros clubes na cidade.

Como referência que sempre foi, o Vitória inaugurou de forma inédita sedes esportivas e ainda fez história com inúmeras ações até então surpreendentes, como a primeira contratação de um massagista para os atletas, em 1927, e a criação de uma carteira de sócios, em 1932.

Foi o primeiro a participar de ações de marketing esportivo na Bahia, com o lançamento, em janeiro de 1906, dos “Charutos Sport Club Victoria” e do perfume “Bouquet Victoria”. Mais que isso, fez do esporte um objeto de atuação social e um elemento propiciador de educação e saúde.

Em suas origens não se permitia sequer discussões políticas, apesar de serem altamente politizados. Dentro do Vitória, todos eram somente uma coisa: Vitória. Isso sempre bastou para dizer ser parte de um grupo seleto da sociedade baiana. E assim permanecemos até hoje.

Nas últimas décadas as glórias no futebol ajudaram o clube a ser um “time de massa”. Mesmo assim todos são convidados a permanecerem, ao menos no respeito à memória, com os ideais da fundação. Quem se diz Vitória é herdeiro do nome e da pesada tradição rubro-negra.

“Disciplina e cavalheirismo” eram as palavras que encerravam seu primeiro estatuto, em 1903. “Respeito com sua história” é a chave que mostra os verdadeiros sucessores dos nobres sentimentos de gerações de atletas e indivíduos diferenciados, maior trunfo do Vitória em sua longa vida.

Enfim, digamos que, para saber a fundo esta trajetória, seriam necessárias muitas e muitas páginas. Já para sentir a força dela, basta uma tarde no estádio, junto com a nossa torcida.

Contribuição de Ricardo Azevedo, autor do livro “Eu sou um nome na história”, sobre a história do clube, e coordenador da Fundação Memorial do Vitória.

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